quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
A MINHA MENTE
A minha mente é o princípio e o fim, o desespero e a fé.
A minha mente é e não é, porque é essência pura entre a razão e a emoção.
É berço fecundo onde me fundo num só ser. Um todo individual capaz de ditar sentimentos e instintos. Razões e lógicas, milimetricamente traçadas.
A minha mente é o meu código genético e a capacidade de sonhar. São sinapses, neurónios, serotonina, dopamina e muitos mais...
A minha mente é ciência, a paredes meias com o espírito. É a alma e a razão pura.
A minha mente não é mais do que bioquímica cerebral.
A minha mente gerou o conceito de tempo e de espaço ao longo da existência.
A minha mente gerou um Deus, um Inferno e um Céu. Gerou moral e religiões. Cultura e fantasmas.
A minha mente gerou o amor e o destino sepultou-o também na mente. Na memória, o corredor principal da minha mente. Aqui me perco e me encontro. Duvido e acredito. Porque a mente pode ser mero produto do espírito e o espírito ser mero produto da mente.
A minha mente é inquieta. Obedece à memoria genética de um povo, uma raça, uma história. Ao mesmo tempo é fugaz instante de poeira cósmica.
A minha mente é tanto e tão pouco. É memoria de mim a esconder... se é medo ou coragem, de me dar a conhecer.
Joana Boavida